Via CondomínioSC
Foi-se o tempo em os aparelhos elétricos nas residências se limitavam a geladeiras, TVs e liquidificadores. A cada ano novos aparelhos surgem e com isso cresce a necessidade de instalações adequadas a esta demanda.
Novos eletrodomésticos, computadores e equipamentos são lançados todos os dias e rapidamente vão para as residências dos consumidores aumentando assim o consumo de eletricidade. Por este motivo, edifícios construídos há 20 ou mais anos precisam de revisão nos seus sistemas elétricos, pois a falta de manutenção em instalações mais antigas pode ocasionar sobrecargas, curtos-circuitos, choques e até perda do patrimônio decorrente de incêndios.
Sinais
Eletricista, Lucas Marcelo de Deus afirma que entre os sinais que uma edificação apresenta quando requer manutenção na parte elétrica estão: a queima constante de lâmpadas, iluminação piscando, excesso de oxidação nos terminais, condutores, e quadros elétricos, e quando os componentes se apresentam demasiadamente obsoletos. “Antes de tudo, deve ser feita uma avaliação das instalações com profissional capacitado e habilitado, para em seguida ser feito o planejamento para a manutenção levando em consideração as condições do condomínio”, orienta o eletricista.
Segundo o profissional a substituição dos sistemas elétricos pode ser realizada em etapas, sendo que nos apartamentos o próprio morador fica responsável pela manutenção e atualização das instalações.
Conforme a necessidade de cada edifício, a troca da entrada de energia pode ser realizada logo após a substituição de alimentadores e quadros, e em seguida os circuitos finais, em apartamentos e áreas comuns, tudo de acordo com o estado e a necessidade das instalações elétricas. “A entrada de energia do medidor até o apartamento pode ser refeita separadamente sem comprometer as demais e a alimentação de cada quadro de medidores também pode ser realizada em uma etapa, assim como substituição ou manutenção em transformadores, subestação etc.”, explica o técnico.
Retrofit elétrico
Síndico no Condomínio Villa Romanna, em Florianópolis, Lorival Nunes, conta que em 2008, quando assumiu a função, percebeu que mês a mês estava aumentando a demanda por energia elétrica e basicamente dois motivos estavam contribuindo para isso: a popularização dos aparelhos condicionadores de ar split que viraram febre e a substituição dos chuveiros com aquecimento a gás por chuveiros elétricos. “Foi então que me convenci de que era necessário fazer algo para poder atender esta demanda irreversível”, relata o síndico.
Segundo Lorival, o projeto original contemplava apenas um ar condicionado por apartamento, sendo que somente a suíte de cada apartamento tinha previsão para o equipamento e nenhum chuveiro elétrico estava previsto no projeto, além disso, a energia que chegava aos apartamentos era monofásica. “Contratamos uma empresa de engenharia elétrica para desenvolver um novo projeto que contemplasse todos os apartamentos e também as áreas de uso comum. Esse novo projeto atenderia até quatro aparelhos de ar condicionados por apartamento, além de dois chuveiros e também passaríamos de monofásico para bifásico”, descreve Nunes.
Até que o projeto fosse concluído foi proibido instalar condicionadores de ar e também instalação de novos chuveiros elétricos. Porém, quando o projeto ficou pronto,antes mesmo de executar a obra, era verão e o disjuntor geral do condomínio começou a desarmar em razão do alto consumo. “Como eu já havia feito os orçamentos para executar o retrofit elétrico no condomínio fizemos uma assembleia e aprovamos por unanimidade a reforma da parte elétrica”, explica.
Na obra foi realizada a substituição do transformador de 215 KWA por um de 300 KWA e também trocados os cabos rígidos por cabos flexíveis com bitola superior. Substituímos também os quadros de disjuntores por um modelo atualizado e ainda passamos mais uma fase para cada apartamento, ficando assim bifásico. Com isso, todos os apartamentos tiveram os quadros de disjuntores trocados por modelos novos”, conta Nunes.
Lorival relata que orientou os moradores para fazerem retrofit elétrico dentro de suas unidades, substituindo os fios rígidos por flexíveis. “Desde então, gozamos de boa qualidade de energia, sem sobressaltos e sem surpresas. Uma vez por ano fazemos uma limpeza no transformador com uma empresa especializada e também verificamos todos os disjuntores das áreas de uso comum”, diz o síndico.
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